domingo, 27 de novembro de 2016

Verdade Explícita

Talvez não te contaram que a verdade é dura. Que os deuses perdoem a humanidade.


EdiVal

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

FOI PARA ISTO QUE VOCÊS FERIRAM A DEMOCRACIA?

É para vocês mesmo que estou falando: vocês que foram para a rua e pediram o impeachment.

TODOS VOCÊS!

Não, não agiram pensando no país, no progresso, muito menos nas consequências de seus atos desatentos – muitos mal intencionados e cheios de ódio!
Poderiam sair pelas ruas lutando contra a corrupção e eu aplaudiria, mas não contra a Democracia.

Massacraram a Democracia por isso?
Vocês foram superficiais – verdadeiros bonecos-massa-de-manobra andando e c... gritando palavras insanas.
Tanto que o país precisava de estabilidade, do rito democrático sem rupturas...
Mesmo que não gostem de um governo, existem coisas que estão acima destas coisas mundanas.

                  Deveriam esperar AS ELEIÇÕES! 
     

Não foi para isso que lutamos pela Democracia?
Mas se deixaram levar pelo ódio e pela manipulação corporativista/midiática.

Mas por um momento vou esquecer o golpe e fazer um exercício de hipotetização: mesmo que o governo que colocaram no lugar do eleito fosse muito melhor e com menos escândalos de corrupção, mesmo assim não valeria a pena! Porque?

Porque da democracia exige respeito e reverência, senão castigos infindáveis são lançados.
E estão sendo! Ou negam a realidade posta diante de vocês?
O castigo veio forte e irá muito mais longe. Levaremos décadas para apagar esta mancha e parar de sofrer as consequências.

Olha o que vocês colocaram no lugar! Olhem!

Agora, uma horda de vampiros bebe o sangue dos brasileiros, nos desnutre, nos esvazia de finanças e esperanças, beneficiam a si mesmos e aos seus comparsas –  sem medo, sem pudor  enquanto a Democracia é pisoteada.

Eu posso esbravejar o quanto eu quiser, pois debati e antevi esta insanidade obscura em um texto anterior (2014) intitulado "A Política da TERRA ARRASADA no Brasil de Hoje e do Passado: Destruindo para Conquistar".

Eu olhei a história e o que já aconteceu no passado, e o futuro lá estava escrito. E qualquer um que quisesse  ver poderia abrir os livros e enxergar também – mas a trava do ódio e da ignorância os cegou.

Leiam-no e se vejam já no título.


E curtam sua vitória de Pirro!



Que as luzes da Democracia iluminem a todos nós!

Edival
25/11/2016


quinta-feira, 24 de novembro de 2016

E o Brasileiro Escolheu o Caminho da Dor...

Os espiritualistas tem uma frase que diz: "quem não aprende pela via do amor, aprende pela via da dor".
E é esse o caminho que os brasileiros, infelizmente, escolheram.

Viemos à vida para aprender, crescer e sermos felizes; para construirmos, aceitar e ajudar as pessoas com todas suas diferenças.
Ninguém vem à vida para agredir, desejar e fazer o mal ou ser infeliz.

Mas os tempos estão esquisitos: o brasileiro cordial provou ser um mito!
Polarizamos, desejamos que o outro morra, linchamos (independente da culpa), roubamos, corrompemos e não aceitamos ideias divergentes.

Estamos irracionais, agindo feito retardados, matando nosso futuro.
E, pecado dos pecados! Agredimos a Democracia! o maior erro que podíamos cometer...

Ainda regamos este ato com ódio, e assim demos poder maior aos corruptos, aos interesseiros, à corporocracia, às nossas instituições falhas e a um mar de interesses vis.

Com isso, os 3 Poderes aumentam os próprios salários/privilégios e se blindam tentando escapar de qualquer possível Justiça, enquanto os direitos do povo evaporam, a miséria cresce, e os recursos para a educação, a ciência e a saúde minguam.

E agora, quantas décadas vamos levar para recuperar o bom senso, nos unir como um só povo, e assim construirmos um País que valha a pena, justo, acolhedor, que se desenvolva sustentavelmente e que privilegie uma sociedade pautada no conhecimento, na fraternidade, e que busque seu lugar no mundo?

Somos muito pequenos, e é exatamente a diferença que nos lembra que apenas interpretamos as coisas à nossa maneira (não necessariamente a melhor).

Que tenhamos sabedoria para parar e escolher um caminho mais sábio e produtivo, com menos dor e mais amor!

Somos todos irmãos!

EdiVal
24/11/2016

sábado, 19 de novembro de 2016

O Jargão "PRIMEIRO CRESCER PARA DEPOIS DIVIDIR O BOLO" da Ditadura e o LIVRE MERCADO

O livre mercado é algo positivo, necessário não só para construir a riqueza de uma nação, mas também como condição sine qua non para que as liberdades de um povo estejam sendo respeitadas.

O livre arranjo de trocas que ocorrem entre duas ou mais pessoas, na forma de um acordo voluntário entre elas, define o livre mercado, e é algo fantástico, uma parte das condições primordiais para que exista a liberdade do indivíduo.

Contudo, agora começam as restrições.
Primeiro, mesmo o livre mercado tem de ter regras, apesar desta afirmação parecer contraditória. O LM tem de vir para construir a riqueza sem que haja concentração na mãos de poucos, e deve seguir sem destruir a natureza. E como fazer com que isto aconteça?

Libertários esbravejarão, mas digo: não existe e nunca vai existir país com "livre mercado" sem várias regras e regulamentos, seja qual for o tipo de governo, ou a ausência dele, ou mesmo em um estado de democracia pura, Não vale a pena, neste texto, fazer um detalhamento sobre o tema, que sempre rende discussões eternas.

Então, quando dizem que o livre mercado é a condição que vai debelar a miséria, meu queixo cai.
É só olhar o mundo atual, é só olhar o passado!
O "livre mercado" per si não tem condições para livrar o mundo da miséria, pois não deixa de ser uma "lei do mais forte". Os milionários e as grandes corporações, por esta lei, sempre conduziram e conduzem as coisas a seu favor, como mostra a história e o status quo.

O livre mercado deve ser conduzido como um fluxo, que é uma maneira de pensá-lo. Assim, um fluxo, como a água de uma cidade, se bem conduzido abastece as casas e traz vida; se deixado sem direcionamento, destrói as casas dos fundos de vale, exatamente onde moram os miseráveis.

Esta é a falácia do livre mercado, extensamente utilizado pela ditadura militar do Brasil, resumido na frase "PRIMEIRO CRESCER PARA DEPOIS DIVIDIR O BOLO", como forma de justificar medidas pró-mercado/indústria, produtoras de miseráveis e que, como podemos ver ao olhar para nosso País, só intensificou a concentração das riquezas nas mão de poucos.

Escrevo este texto pois o momento atual é perigoso. O caos que está o Brasil pode dar energia para o retorno da ideia miserabilizante de que o é necessário crescer primeiro na forma de uma "ditadura do livre mercado", "sem que o governo atrapalhe", e assim a miséria deixará de existir. É muita ingenuidade, falta de senso histórico ou má fé propalar tal ideia.

Um país com um PIB gigante pode ser altamente injusto e excludente!

Não se deixem levar pelo canto da sereia dourada, pois milhões podem ser levados para o fundo do mar sem peixes, enquanto poucos estarão na superfície em seus iates luxuosos conduzindo o fluxo a seu favor.

Que o Livre Mercado seja um promotor de riquezas, justiças e liberdades – para nós e para os nossos descendentes.

EdiVal
19/11/2016

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Obrigado, Intervencionistas da Bandeira Comunista do Japão

Obrigado, intervencionistas que vêem comunismo até na cor do sangue.

Obrigado por mostrar a verdadeira face do ódio que a ignorância+intolerância produz.
Obrigado pela vergonha alheia!

Agradeço por ajudar a mostrar como é feio o mundo desejado por vocês, por mostrar que não existe nenhuma boa intenção, e sim apenas paranoia anticomunista em cima de uma realidade imaginada.

Obrigado por mostrar que invadem instituições, atrapalham que está trabalhando, depredam patrimônio público e não trabalham em plena quarta-feira útil!

Obrigado por fazer o que nós, que ansiamos por mais Democracia e Educação, devíamos esta fazendo: mostrar a cara retorcida que o ódio transtorna, e o que a falta de uma boa educação pode fazer com as pessoas.

Obrigado pela melhor auto-anti-propaganda fascista possível dos últimos tempos!

Obrigado por saírem dos covis para "fazer merda", chafurdando no próprio mal cheiro.

Obrigado por fazer do vermelho a cor da cara de quem os apoia!


Manifestante que pede intervenção militar confunde painel em homenagem ao Japão com 'bandeira comunista'.


EdiVal
18/11/2016

Governos Ditatoriais não tem Ideologia nem Espectro Político: São Apenas Violências

Existem muitos tipos, sistemas de governo:
  • Governos de esquerda, de direita.
  • Governos conservadores ou liberais. 
  • Com Estado grande e Estado pequeno.
  • Com menos ou mais proteção social.
Contudo,governos ditatoriais não são e nunca foram de direita ou de esquerda, conservadores ou liberais. Nem nacionais-socialistas nem repúblicas democráticas. São e sempre foram, apenas ditaduras!

Governos ditatoriais não servem como comparação – seja como exemplo negativo ou como propaganda positiva – para nenhum tipo de governo ou espectro político.

Entende-se ditadura como um governo que não leva em consideração as necessidades e vontades de seu povo, usando a força para governar e abolindo as liberdades individuais que não lhes convêm.
E ditadores são apenas usuários do abuso de poder em massa, monstros genocidas travestidos de autoridade.

Por este raciocínio, um governo ditatorial reconhecidamente de direita como a de Pinochet no Chile não pode ser usado como exemplo de que "a direita matou dezenas de milhares". Não! A ditadura de Pinochet que matou.


Similarmente, o mesmo não pode ser dito sobre Cuba ou a antiga União Soviética, com governos centrais autoritários. Assim, o comunismo nunca matou milhões – foram governos ditadores que o fizeram.

Prova desta afirmação são os vários povos que se a História mostra e que viviam em perfeita harmonia em um estado de Democracia Pura e riqueza distribuída. A diferença é que não havia um ente central (sempre, de alguma forma, ditador), e sim dividido entre todos igualmente – riquezas, poder e saberes.

Outro ponto relevante ao tema deste texto é que nos países de maior IDH da atualidade encontram-se características de socialismo e de liberalismo, de proteção social conjuntamente com livre mercado. E todos os espectros políticos afirmam ser o seu preponderantemente e tentam usá-los como propaganda.

O que se vê nos debates nas redes sociais é exatamente isto. Cada qual dizendo o que lhe convém: que o nazismo é de esquerda ou de direita, que o comunismo ou o capitalismo matou milhões, que os países nórdicos são socialistas ou adeptos do livre mercado capitalista.

E vociferam que o outro é idiota por não enxergar "estas realidades claras"!

Enfim, as ditaduras – atropelando seu povo e destruindo a liberdade – são danosas per si, e geralmente refletem a loucura e crueldade humana quando esta tem grande poder concentrado em mãos. Apenas isso.

Um povo que não pode ser o que almeja ser, que não tem as rédeas do destino em suas próprias mãos, existe apenas como potencialidade – vegetando à espera de poder, finalmente, respirar os ares da Democracia verdadeira e bater livre suas asas, alçando seus próprio vôos – e o melhor: na direção que desejar.


EdiVal
17/11/2016

A Superexposição (quase) Invisível dos Moradores de Rua.

More na rua e obterá uma contradição odiosa: a exposição máxima enquanto se torna invisível!
Intangível.

Não é mais cidadão, ninguém olha por você, ninguém te protege.
Nem te rege.

Quando for notado:
um chagado!

Verá olhares reprovadores enojados, quiçá de ira!
De pira.

De quem, internamente, grita: desapareçam vagabundos!
Nauseabundos!

Trazendo o medo eterno de ser agredido, queimado, deletado.
Desalmado.

Desamado.



EdiVal
17/11/2016

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Pai Mata o Filho por Ocupação. De quem É a Culpa por Tamanha Tragédia?

Uma tragédia anunciada.
A prova cabal de uma sociedade doente.
Um dos maiores horrores que o ser humano pode produzir: um pai matar um filho por motivo fútil (discordâncias político/ideológicas).
Ódio puro. Fanatismo. Doença.
UOL.
Em uma visão mais profunda, a grande verdade é que o grande culpado reside na loucura do pai – na sua anormalidade, no seu desequilíbrio e no seu preconceito.
Fruto de uma visão deturbada do mundo e de uma emocionalidade torta.

Pobre pai, neste momento sua alma deve se contorcer de culpa e arrependimento.
É uma pena...

Mas alguns outros grupos de pessoas não podem ser isentos de uma parcela da culpa que lhes cabem neste manicômio. Fácil fácil eu acho meia dúzia deles:
  1. São culpados os que, sendo da família e círculos mais íntimos, apoiavam e alimentavam as ideias tortas do pai, certamente expressas no lar e nas reuniões familiares/sociais.
  2. São culpados os que, denominando-se amigos do progenitor, nunca discordaram de seus discursos de violência na mesa do bar ou no churrascão; mais culpados ainda os que concordavam com ele e estimulavam tais ideias.
  3. São culpados os fanáticos corajosos das redes sociais que sem medo postam sistematicamente conclamações de ódio e estímulos a ações violentas, dizendo muitas vezes que estes "esquerdinhas", "esquerdopatas", "esquerdosos", "petralhas" tem mesmo é que morrer.
  4. É culpada a imprensa que, às vezes, até aplaude "pretinhos amarrados em postes";
  5. São culpados os "direitistas" que entram na onda e enchem a boca como o discurso bélico.
  6. São culpados os que, sendo de esquerda, também surfam na onda deste clima de polarização violenta.
Nossas palavras, mensagens, mesmo em um ambiente aparentemente inofensivo como as redes sociais, podem encontrar ressonância, multiplicando efeitos nefastos, alimentando os sentimentos de ódio das pessoas, fazendo acontecer casos como este.

Tem muita culpa para muita gente. E, em alguns casos, seres que habitam as mais baixas escalas humanas produzem horrores como este do print abaixo:


Oxalá não produzamos nenhum tipo de colocação – escrita, falada ou postada – que reverbere e estimule qualquer tipo de violência.

Ao contrário, que nossa interação com o mundo promova somente a paz.
Chega de ódio!


EdiVal
16/11/2016

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Quando os EUA Revelam seu Terceiro-Mundismo

Estados Unidos da América: o país mais poderoso do mundo, o mais rico, o mais influente. Desenvolvidos, bélicos e orgulhosos!

Mas alguns fatos fazem pensar. Vistos isolados, poderia-se perfeitamente confundi-lo com um país do terceiro mundo.
Vejam alguns;
  • Presidentes manipulados, como se viu com Reagan;
  • Corporativismo: verdadeiros donos do País (aqui);
  • Escândalos sexuais (Clinton);
  • Manifestações de preconceitos profundos, levando a imagens degradantes e conflitos em "praça de guerra" (aqui e aqui);
  • Barbárie digna de guerra civil: gangues e revoltas de minorias por injustiças ou descasos; exemplo: os negros são massacrados e se revoltam. (aqui e aqui).
  • Fanatismo e fundamentalismo religioso, digno de mentes primitivas (aqui e aqui)
  • Alto índice de sem-teto e miseráveis, incluindo crianças (aquiaqui e aqui);
  • Eleição de um presidente boçal, assumidamente machista, misógino, preconceituoso, homofóbico e xenófobo (aqui, aqui e aqui);
  • À exemplo do Brasil, viu-se uma grande polarização e agressividade política nas últimas eleições, fazendo o povo americano e o mundo temerem pelo futuro (aqui e aqui).

A Internet ajudou muito a descortinar esta realidade, que sempre existiu, A imprensa livre também.
Contudo, nada disso é bom para o mundo.
Esperemos que os EUA, bem como todos os países e povos do mundo, cresçam como cidadãos da terra que são, irmanados na construção de um mundo melhor.

Paz.

O primeiro passo sempre passa pela autocrítica sincera de seu povo.


EdiVal
10/11/2016

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Porque a eleição de Trump pode ser boa para o Brasil e para o Mundo (ou a arte de sempre enxergar algo bom)

09 de Novembro de 2016.
Foi. Aconteceu. Surpreendeu.

Donald John Trump foi eleito Presidente dos Estados Unidos da América!

Há quem diga que o 09/11 é o equivalente político do 11/09.
Há quem diga também que esta eleição era uma escolha entre os "menos pior".

Como coloquei em outro texto, Trump:
cresceu nas pesquisas – com chances reais de vitória  defendendo temas polêmicos, como a vigilância de mesquitas, a tortura de suspeitos, a construção de um muro separando os EUA do México, a deportação em massa de imigrantes, a desconsideração dos problemas climáticos, a diminuição dos direitos dos trabalhadores e apequenamento de toda assistência social.Além disso, em discursos e gravações, revelou-se extremamente machista, misógino, preconceituoso, homofóbico e xenófobo.
Os adeptos da Bolsonarofilia brasileira estão exultantes, sentindo o bom momento para tal visão de mundo. E, é claro, de todos os viso-equivalentes pelo mundo.

Diante de tais perspectivas, procuremos um lado bom (se é que há algum).
Para os brasileiros não é difícil, já que pouca coisa muda de um candidato para outro. Os mais afetados serão o próprio povo americano, seus vizinhos um pouco mais que nós, e o estado geral do mundo, dada a influência que este país tem.
O futuro se altera, não há como negar.
"Sorte" que os últimos governos do Brasil procuraram abrir outros mercados para nosso país, fugindo um pouco da dependência estadunidense.

Então, façamos dos EUA nosso laboratório. Um pré-teste para "Bolsonaros" no poder.

Será que ele vai cumprir suas promessas mais controversas, ou vai amenizar o discurso e deixar de fazer as coisas que prometeu para se eleger?
Um super-rico no poder trará vieses ultra capitalistas e corporativistas, abandonando ainda mais os mais pobres?
Ele vai mesmo tentar obrigar o México a construir um muro em suas fronteiras?
Vai perseguir imigrantes?
Vai elevar o protecionismo americano?
Vai destruir conquistas sociais, como o "Obamacare"?
Vai continuar com suas tiradas misóginas, machistas, preconceituosas e o estilo troglodita, mesmo como representante-mor do maior país do mundo?

O que resultará deste tipo de pensamento reinando no cargo mais poderoso do planeta?

Quiça isto satisfaça todo os adeptos de tal visão de mundo, como o maior laboratório de experimentação de uma classe de pessoas com uma determinada visão de mundo já levado a curso, e que, ao final, o mundo esteja mais humano!

Às vezes, as ideias - por mais esdrúxulas que sejam - tem de ser colocadas na esfera da realidade para serem descartadas.

Sem, absolutamente, torcer para que este fato resulte em uma catástrofe, vou assistir a tudo atentamente.
Quem vai comigo?


EdiVal
09/11/2016

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

O MOVIMENTO SECUNDARISTA E A RENOVAÇÃO DA ESPERANÇA NO FUTURO DO BRASIL

Em um contexto histórico, desde a década de 40 o denominado movimento secundarista passou a atuar diretamente na busca por uma melhor educação para todos os brasileiros.
Na luta contra o golpe militar, foi duramente combatido e jogado na ilegalidade.

Teve seu papel, também, na redemocratização do País.

Atualmente, por força de um momento estranho de crise educacional, o movimento ressurge com força. Desde 2015, já foram vistos diversos atos motivados por variados acontecimentos, tais como:

Ato 1. Nos meses finais de 2015, estes movimentos, na forma de ocupação de escolas, principalmente em São Paulo, voltaram às manchetes do noticiário político brasileiro devido a um projeto de reorganização escolar do governador Geraldo Alckmin, levado à frente sem consulta à sociedade e muito menos aos estudantes. Este movimento levou à ocupação de centenas de escolas em todo o estado e ao recuo do Governo.
Ato 2. Novamente em São Paulo (2016), um vergonhoso escândalo de desvios nas compras de alimentos (merenda) destinado aos estudantes leva os alunos a ocupar novamente as escolas, culminando na criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o escândalo.
Ato 3. Na mais forte e articulada mobilização e em ação no momento (out/2016), como protesto à "PEC 241" (que propõe congelar os gastos públicos por 20 anos), à reforma do Ensino Médio e ao projeto “Escola sem Partido”, o movimento já alcança aproximadamente 20 estados em todo o país e quase mil escolas ocupadas.

Independentemente de quaisquer argumentos de contrariedade, clamando por motivação ideológica, manipulação dos alunos por grupos de esquerda, de molecagem pura e simples ou de um antidemocrático atropelo dos direitos de outrem, muita coisa vai ficar deste movimento.

Movimento este inimaginável antes de acontecer, diga-se de passagem.

Sim, muitas lições a sociedade e a juventude está tirando e ainda vai tirar desta onda secundarista, tais como:
-Um antigo instrumento de pressão e uma nova forma de fazer política;
-Uma nova relação de toda a comunidade com a escola pública;
-Percepção de que aluno pode, sim, ter voz e mudar seu futuro educacional e dos que vierem;
-Que a união, mesmo de jovens considerados imaturos, tem poder e pode se fazer ouvir, levando ao crescimento de toda a sociedade;
-Que esta união pode ser feita de maneira bela, positiva, como se viu com alunos pintando as escolas ocupadas, consertando, limpando, promovendo atividades culturais e outras ações de mesmo teor;
-Que os jovens tem garra e coragem, suportando pressão e agressão por parte dos políticos, dos movimentos conservadores, das forças de repressão do governo.

Em: http://educacaointegral.org.br/wp-content/uploads/2015/11/pintando.jpg

Quantas lições mais?

Certamente uma infinidade delas! E, além disso, um sentimento e uma percepção subjetivas de que se pode ter esperança em um futuro melhor para o País,  cada vez mais democrático e pleno de ideias novas, graças ao que vem demonstrando esta juventude.


EdiVal
02/11/2016