sexta-feira, 3 de abril de 2015

Espectros Políticos "Avançados": Mudança de Paradigmas para os Novos Tempos.

Como humanos, inventamos sistemas e ideologias para construir nossas sociedades.
Neste sentido conhecemos, ao menos em um nível intuitivo, as linhas gerais dos velhos espectros ideológicos "rivais" conhecidos como Esquerda / Direita; o Centrismo seria um meio termo destes dois; já o Liberalismo pode caminhar tanto para a Esquerda como para a Direita e privilegiam o discurso da liberdade e da igualdade de direitos e deveres, e o Estatismo defende o controle da sociedade pelo Estado.


Independentemente do que cada um destes sistemas pregam e do que desejam seus defensores – seja para a economia, a função do Estado e os direitos e deveres da população (suas liberdades) – existem novas e urgentes matérias que o mundo moderno proporciona, exercendo forte pressão no sentido de serem incluídas como importantes pautas comuns.

(Vamos excluir desta discussão os ultra-radicais de qualquer destes sistemas, onde a lógica e o bom senso nunca se fazem presentes).

O que, no mundo moderno, urge e nos mostra sua cara? O que se apresenta para nós de forma, às vezes, impositiva? Podemos listar, sinteticamente, 10 das mais importantes:
  1. Ecologia: a necessidade de se tornar o desenvolvimento sustentável a regra (e não a exceção) em função da própria sobrevivência da raça humana;
  2. Pressão Populacional: atinge o item 1 e o pressiona; o crescimento não pode ser infinito, pois a casa está se tornando pequena;
  3. Informação, Internet, Comunicação: O advento da Internet e da era da informação, revolucionando o modo de vida da terra; para logo, espera-se o surgimento de uma nova revolução: a Internet das coisas;
  4. Economia em Transformação: a diminuição progressiva do custo marginal, a robótica, e o inevitável surgimento de um novo modelo econômico;
  5. Ciência: a Tecnologia e a Inovação como base primordial do progresso de nossa sociedade;
  6. Globalização: elementos de uma cultura adentrando em outras, a universalização das trocas, e outras expressivas e complexas inter-relações;
  7. População e as Novas Demandas: a luta por mais liberdade, educação e acesso às riquezas, estimuladas pela democratização da informação e a capacidade de comunicação instantânea (e suas consequências: haja vista as manifestações pelo mundo todo planejadas online);
  8. Mundo em Transformação: a formação de uma nova hegemonia mundial em um mundo em cada vez mais aceleradas transformações.
  9. Sociedade do Conhecimento: Informação, educação, ciência, tecnologia e inovação – um caminho possível para a redenção da humanidade?
  10. Paz, Não-Violência: A eterna demanda por um mundo pacífico em contraposição à uma aparente predominância da belicosidade humana. Como construir um mundo sem conflitos violentos?
Estas são, indubitavelmente, velhas ou novas inescapáveis demandas. Nenhum governo sensato, hoje, pode fugir destas realidades totalmente inter-relacionadas que surgiram pela própria evolução/crescimento da sociedade humana e de sua Ciência.

Mas o que se vê como padrão? Retrógradas pautas em detrimento destas citadas,  que são sistematicamente colocadas em segundo plano travando, desta forma, o desenvolvimento humano e tecnológico correspondentes que com certeza levariam a novas descobertas ou rupturas – além de colocar em risco o futuro do planeta e, consequentemente, da sobrevivência da humanidade.

Há que se pôr, verdadeiramente, estas áreas em posição de destaque nas Políticas de Estado de todo Governo (e como pautas de uma oposição avançada), assumindo que o mundo mudou e que novas visões e ações são necessárias.

Ninguém em sã consciência no mundo atual pode negar que a Ciência e o conhecimento devem ser prioridade, ou ignorar que a Educação de alto nível garante o avanço das sociedades e de suas populações, que os povos que desfrutam de liberdades, estimulados pelo ambiente de Inovação e de uma economia justa, participam ativamente da construção de um progresso sustentado; também é inegável a premência de um paradigma ecológico norteando os rumos e decisões das pessoas e dos governos, sob pena capital à raça humana.

Assim, sugiro inaugurar aqui uma nova base filosófica para os espectros político/ideológicos se nortearem, construir seu discurso e olhar para o futuro, sintetizado por uma nova forma de se auto-denominar; neste sentido, acrescenta-se uma extensão na designação destes, caracterizados pelo adjetivo AVANÇADO, indicando que trazem fortemente estas pautas surgidas nesta era de intensas transformações e que, como regra, reverbarão no futuro de longo prazo.

Assim ficam denominadas segundo esta visão, por exemplo:
  • Esquerda  Esquerda Avançada;
  • Direita  Direita Avançada;
  • Centro ou Centrismo  Centro (ou Centrismo) Avançado;
  • Liberalismo ⇒ Liberalismo Avançado;
  • Estatismo ⇒ Estatismo Avançado.
A diferença, em um olhar mais profundo – além do simbolismo – seria a mudança de paradigmas assumida de cara, trazidas à evidência desde o primeiro olhar, e a partir daí direcionando toda base filosófica do espectro em particular. As cobranças, deste modo, seriam diretas – sem subterfúgios ou sofismas – pois subtende-se assumidos automaticamente como paradigmas partidários e Programas de Governo.

Um pequeno adjetivo que, se verdadeiramente assumido como objeto de ação, pode mudar o modo como a humanidade evolui – ou mesmo garantir a sobrevivência do planeta e de seus habitantes.


Estamos preparados para o próximo salto evolutivo da sociedade humana?

Mesmo sem adjetivos, que estas pautas saiam do segundo para o primeiro plano das esferas governamentais de todas as nações. A Política feita com este novo olhar (e com melhores – ou melhorados – políticos) será, indubitavelmente primordial nesta transformação renovadora.

Por um Brasil e Mundo "AVANÇADOS"!

EdiVal
03/04/2015




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