domingo, 22 de março de 2015

Quem Comeu as Criancinhas?

Dizia-se, nos tempos "dourados" da propaganda anti-comunista no Brasil, que os militantes desta ideologia comiam criancinhas.

Claro, o horror dos horrores de se imaginar. É como o "fogo do inferno que queima sete vezes mais" que muitas mães, piamente, nos faziam terror para que não pecássemos quando éramos crianças.

Bobagens sem tamanho que só percebemos quando aprendemos a pensar (alguns não, infelizmente). Onde existe a ignorância, reverbarão ideias esdrúxulas!

Mas houve sim, na história recente do Brasil, um banquete cujo ingrediente – se não como prato principal, como aperitivo – foram alguns pequeninos.


Apesar de todo interesse em esconder todos os fatos, algumas histórias vazam como lodo fétido – talvez como parte de um processo sofrido de purificação, pois tanto mal não cabe nas valas frias dos cemitérios clandestinos nem nos fornos amargos das usinas de açúcar (fatos históricos que vieram à tona)

A ditadura torturou crianças.

Algo odioso, horroroso, nauseante! Menos cruel teria sido se tivessem comido literalmente as células juvenis, pois o "abate" poderia, ao menos, ter sido rápido e indolor. Tanta dor e injustiça na tenra inocência condena a uma vida de pesadelo, dor e medo que nunca cessa!

Brasileiros todos:


Pior que comer a carne, eles comeram a alma destas crianças!

Não, não foram os "comunas" os atores desta atrocidade. Foram monstros fascista-totalitários travestidos de autoridade, fardados nas cores dos que deveriam defender os inocentes. Foram os militares!

Alguns casos são relatados abaixo (mas cuidado, ler sobre o assunto pode contaminar a alma e causar depressão). Pode-se ver mais no artigo do El País.
  • Obrigado a assistir, "o menino de dois anos dizia: 'Não pode bater no papai. Não pode'. E batiam. Libertado quase um mês depois, passou os primeiros anos com pavor de policiais de farda e grupos com mais de quatro pessoas. Entrava em pânico, escondia-se debaixo da cama ou dentro do armário, mordia quem se aproximava e urinava nas calças. Ernesto foi uma criança com pesadelos recorrentes. O mais comum era com um asno, uma corda e uma agulha. 'O asno usava um boné militar, a agulha tinha olhos arregalados e uma risada aguda sarcástica e corria atrás de mim, eu apavorado tentava fugir. O asno me cercava, me dava coices ou chutava coisas sobre mim. A corda parecia boazinha, disfarçada de linha se estendia até mim, mas quando eu a segurava ela  machucava minhas mãos e me deixava cair em um abismo'".
  • "...João Carlos Schmidt de Almeida Grabois, o Joca... Ele estava na barriga da mãe, Crimeia, quando ela levou choques elétricos, foi espancada em diversas partes do corpo e agredida a socos no rosto. Enquanto ela era assim brutalizada, os agentes da repressão ameaçavam sequestrar seu bebê tão logo nascesse. Quando os carcereiros pegavam as chaves para abrir a porta da cela e levar Crimeia à sala de tortura, o bebê começou a soluçar dentro da barriga. Joca nasceu na prisão e, anos depois, já crescido, quando ouvia o barulho de chaves, voltava a soluçar"... "Perto da hora do parto, em vez de levarem Crimeia para a enfermaria, a colocaram numa cela cheia de baratas. Como o líquido amniótico escorria pelas pernas, elas a atacavam em bandos. Isso durou quase um dia inteiro. Só no fim da tarde, com outros presos gritando junto com ela, a levaram para o hospital. O obstetra disse que, como não estava de plantão, só faria a cesariana no dia seguinte. Crimeia alertou que seu filho poderia morrer. O médico respondeu: 'É melhor! Um comunista a menos'".
  • "...Carlos Alexandre Azevedo, o Cacá, não suportou a lembrança. Talvez porque ele nunca pôde transformá-la em memória. Era nele algo vivo e sem palavras, um silêncio que não conseguia se dizer. E um silêncio que não consegue se dizer é um pavor. Ele tinha um ano e oito meses quando sua casa foi invadida por policiais do DOPS/SP, em janeiro de 1974. Como começou a chorar, os policiais deram-lhe um soco na boca que de imediato sangrou. Passou mais de 15 horas em poder da repressão, nas mãos de funcionários do Estado, enquanto lá fora gente demais vivia suas vidas fingindo que nada acontecia. Seus pais ouviram relatos de que nesse período o menino, pouco mais que um bebê, teria levado choques elétricos. Cacá se matou aos 40 anos, em 2013".
Todos que pedem novo golpe ou apoiam a ditadura assumem parte do carma de torturadores de bebês, pois sabem muito bem o que estão fazendo. Não existem inocentes nesta era da informação. Toda militância baseada no "não quero saber", é corrupção pessoal diante da quebra de todos os limites humanos que jaz no ato de torturar crianças.

Assista ao documentário "As Crianças e a Tortura", da Rede Record:


Ótimo artigo da UOL.

Leia o livro "A Infância Roubada", da Comissão da Verdade":


Baixar:  1ªPARTE   -   2ªPARTE   -  3ªPARTE
"Quando escuto brasileiros fazendo manifestação pela volta da ditadura, penso que eles não podem saber o que estão dizendo. Quem sabe, não diz". (Eliane Brum).
Se eu pudesse, daria a estas pessoas um pouco da dor que, cruel e levianamente, acham justificável: um tempinho de aprendizado intensivo!
Imagino que os traumas e ensinamentos obtidos através dessa dor vivida seriam tantos, em tão didática aula, que muitos se encolheriam como bebês no ventre da mãe para chorar compulsivamente, e nunca mais profeririam tantas insanidades.

Nunca mais tentariam ressuscitar monstros odiosos.

"Para que não se esqueça. Para que nunca mais aconteça". 
(Dom Paulo Evaristo Arns)

EdiVal
22/03/2015

sexta-feira, 20 de março de 2015

Vozes do Bom Senso no Brasil Atual

Vozes do Bom Senso I: Juca Kfouri.
https://www.youtube.com/watch?v=BbhK4EfnoYE

Vozes do Bom Senso II: Marconi Perillo.
http://g1.globo.com/goias/noticia/2015/03/governador-tucano-de-goias-diz-dilma-que-nao-faz-oposicao.html

Vozes do Bom Senso III: Ricardo Noblat.
http://t.co/79MeL3gAhr

Vozes do Bom Senso VI: Maílson da Nóbrega.
http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/politica-cia/mailson-da-nobrega-a-menos-que-aparecam-novos-fatos-nao-e-uma-boa-ideia-ir-atras-do-impeachment-de-dilma/

Vozes do Bom Senso V: Xico Graziano.
http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,tucano-e-hostilizado-depois-de-criticar-radicais-em-ato-imp-,1588193

Vozes do Bom Senso VI: Eng. Regis Gehlen Oliveira.
http://noticiascnc.com.br/2015/03/16/protestos-ou-radicalismos/

Vozes do Bom Senso VII: Ricardo Boechat.
https://www.youtube.com/watch?v=z-c6HDVqzgg

Vozes do Bom Senso VIII: Leandro Karnal.
https://www.youtube.com/watch?v=j0WCvNyHaqE

Vozes do Bom Senso IX: Bob Fernandes.
https://www.youtube.com/watch?v=NPVDuU-d-Y0

Vozes do Bom Senso X: Ricardo Semler.
https://www.youtube.com/watch?v=eCAK_yi1gRg

Vozes do Bom Senso XI: André Singer.


Adicional: Chicken Little (1943) - produzido antes da guerra fria, portanto deve se tratar de uma crítica-aviso acerca do fascismo, ou de toda boataria do tipo "terra arrasada".


EdiVal
20/03/2015

segunda-feira, 16 de março de 2015

Brasil e o Remédio da Dor Desdenhada

Se eu pudesse... daria a certos brasileiros:

Uma semana de fome,
Um minuto de agressão injustificada,
Meia hora no pau de arara.

Um ano sem poder se expressar livremente,
Uma ou duas eleições sem o direito do voto,
A sensação advinda de um minuto de dor e humilhação infligidas – a si mesmo ou a um ente querido – por monstros travestidos de autoridade.


Daria, como necessário remédio amargo:

Uma sequência constante e infindável de perdas das liberdades e de direitos conquistados,
Um silencioso e secular abandono dos governos enquanto as misérias da vida consomem a si e aos seus,
A dor de não poder alimentar a quem ama.

Assim, entenderiam pela via da realidade sentida:
  • A importância de um país sem fome,
  • A monstruosidade dilacerante da tortura e da ditadura,
  • A experiência libertadora que é poder se expressar livremente em uma Democracia.
Ah, se eu pudesse...
Daria a essas pessoas exatamente o que elas pedem!
Ou o que acreditam, levianamente, ser o melhor em um país imaginado por elas.

Porque o melhor remédio e escola,
É viver a realidade do que, sem pensar, se clama,
Ou sentir a dor do outro que se desdenha!


EdiVal
16/03/2014

sábado, 14 de março de 2015

A Política da TERRA ARRASADA no Brasil de Hoje e do Passado: Destruindo para Conquistar

Muitas vezes, durante os conflitos que vemos na sangrenta história da humanidade, foi utilizada uma técnica altamente destrutiva e poderosa, denominada "TERRA ARRASADA".

Quando se vale do método, um exército ou população pode, por exemplo, recuar diante de um ataque que não podem combater diretamente, levando junto o que conseguem, queimando os alimentos e casas que ficam para trás, envenenando a água e destruindo o que mais poderia ser aproveitado; enfim, tornando insustentável a utilização dos recursos da localidade pelos que vem em seu encalço.

O resultado final é o enfraquecimento do inimigo, mas com o ônus de ter sua própria terra devastada. É a técnica derradeira, o "vencer a  todo custo", a mais legítima vitória de Pirro.



Já neste grande país chamado Brasil, talvez não tenha existido ou se vê a guerra como é contada pelos livros de história; existe, na verdade, um conflito velado e covarde onde tudo vale para desestabilizar o governo, a economia e a confiança, com o intuito claro (mas não declarado) de (re)tomar o poder.

É a política da TERRA ARRASADA no front brasuca, onde o agressor é quem, invertendo as peças do tabuleiro, intencionalmente arrasa o país, visando o queda do Governo ou o poder que não conseguiu obter pelas vias democráticas. É uma massiva técnica de guerrilha onde seus comandantes se escondem (e se mostram) nas brechas obscuras da lei, embaixo de uma justiça falha, da ignorância das pessoas e na desinformação e manipulação de uma mídia, ela mesma, guerrilheira, interessada apenas em lucrar e na manutenção de um poder concentrado. Haja vista seu histórico – e de muitos outros poderosos (pessoas e instituições) – de envolvimento e crescimento dentro dos golpes ocorridos no passado.
Se houvesse justiça perfeita no Brasil, estes estariam atrás das grades, e seu dinheiro corrupto e manchado com sangue de inocentes seria "repatriado".

Só pensam, absolutamente, em si e em seu lucro vil, e cujos desastrosos resultados de suas ações maléficas são imputados, tanto quanto possível, ao ente que é atacado e também ao povo – o terceiro elemento e vítima manipulada (e nem sempre inocente) desta equação perversa.

Buscam todo ponto fraco, aumentam, fazem lavagens cerebrais com técnicas maciças de propaganda, desinformação e dissimulação, e se utilizam de métodos deploráveis, atacando e recuando das sombras, minando as forças e a popularidade dos que querem derrubar. Destruição de reputações é uma de suas especialidades.

Se valem da ignorância da população e das seduções corruptivas de uma possível tomada de poder.
Jogam com o medo e o ódio, valendo-se de inimigos reais ou criando imaginários: o Comunismo, o Terrorismo, o ódio entre classes ou crenças, ou o medo da mudança (metatesiofobia) e do novo (neofobia) que quase todos os povos possuem em alto grau.

Dividem para conquistar!

Verifica-se, quando se lança um olhar para a História do Brasil, que neste jogo covarde ocorrem combinações poderosas de forças: políticas, midiáticas, econômicas, sociais, exógenas, corporativistas e militares. Seus componentes eram e são, em sua maioria, conservadores, anti-minorias, anti-distribuição de renda/bem estar social, corporativistas, "cristãos" e repressores. Flertavam e flertam com o fascismo e o militarismo, muitas vezes totalitário.

Foi assim com Getúlio Vargas  o "pai dos pobres". Como hoje, em sua época também a imprensa construía um clima de medo e uma imagem de corrupção generalizada na forma de "um mar de lama" – imputado hipocritamente ao outro, claro.
Havia a indisposição do Congresso, dos meios de comunicação e das Forças Armadas, além de uma classe média raivosa com o aumento dos direitos trabalhistas que Getúlio promoveu.

Nesta época, havia um comandante: Carlos Lacerda. Duro, manipulador, militarista e sedento por poder. Dizia – valendo-se da mídia que direcionava, mandava e desmandava – que Vargas era um "bandido corrupto que comandava uma quadrilha”. Quem está tendo um Déjà vu?

A derrota de uma tentativa de IMPEACHMENT mostrou aos inimigos de Getúlio que medidas legais não surtiriam efeitos, donde restava o MASSACRE DETERMINADO À FIGURA DO PRESIDENTE; deste modo, nas semanas que antecederiam o suicídio de Vargas (agosto de 1954), houve uma intensificação dos ataques de Lacerda contra todos próximos do presidente  de aliados a parentes, e até mesmo quem era neutro na UDN, seu partido.
Neste clima criado, os militares exigiam a RENÚNCIA do presidente, a população estava confusa e crescia a tensão e a indisposição como resultado da campanha de difamação. Curiosamente, a criação da PETROBRÁS também alimentou este clima, pois contrariava o setor empresarial.

Era um ataque diário, massivo e coordenado, visando criar as condições para a deposição.

E assim, diante de tal situação e clima de GOLPE, só restou a Getúlio "sair da vida para entrar na história". Com o suicídio, a população se enfureceu e forçou a recuada destas forças desestruturantes e evitou o golpe por 10 ANOS!

Vale a pena aqui transcrever o discurso de Tancredo Neves que disserta sobre  tais forças (DELGADO, 2001):
Um partido conservador e anti-trabalhista, por duas vezes derrotado em eleições democráticas em cujas fileiras – é preciso reconhecer – existem também verdadeiros patriotas iludidos na certeza de que servem aos seus verdadeiros ideais e não a interesses antinacionais – eis o elemento de fachada e a brigada de choque da grande conjura. Uma imprensa conservadora também ligada aos interesses dos grandes capitais nacionais e, por conseguinte, amalgamada no ódio a Getúlio Vargas e ao seu programa de governo, eis a máquina de agitação da opinião pública e de infiltração no seio das Forças Armadas, através do ludibrio das boas intenções de oficiais dignos e bem intencionados, mas, ao mesmo tempo, suscetíveis a uma determinada propaganda, por isso mesmo que saídos das classes mais abastadas. Por detrás de tudo isso e acima de tudo isso agia um grupo de notórios representantes do capital estrangeiro, de ricaços interessados em salvaguardar as suas gordas fontes de lucros em divisas. Por serem sabidamente ligados aos dinheiros estrangeiros, souberam manter-se no mais completo anonimato, arquitetando um plano cientificamente traçado de destruição do governo Vargas e velando pela sua execução nos mínimos detalhes. Esses foram os verdadeiros autores da conspiração e os primeiros responsáveis pela morte de Vargas (...) Esses tristes inconfidentes da traição e da morte tinham nas mãos todos os cordões que movimentaram os títeres da implacável conspiração (...) No que toca às Forças Armadas, cumpre ressaltar que o ato de indisciplina e deslealdade ao seu Chefe Supremo a que foram levadas pela ação desagregadora de alguns líderes ambiciosos é, em grande parte, devido à ação de um grupo de oficiais da Escola Superior de Guerra.
Depois do suicídio de Getúlio Vargas, o vice-presidente Café Filho assumiu a presidência e Juscelino Kubitschek se candidatou à presidência da República, com João Goulart candidato à vice, fato este que trouxe, novamente, forte oposição de forças conservadoras, de alguns chefes militares e da União Democrática Nacional (UDN) liderado sempre por Lacerda que, por exemplo, publicou em seu jornal "A Tribuna da Imprensa" a "Carta Brandi": falsa, forjada para servir de base ao planejado GOLPE DE ESTADO contra as eleições, o que ficou provado posteriormente.

Foi intensa e feroz a sequência de eventos liderada por Lacerda para conseguir a quebra da
legalidade. A Imprensa – quase na totalidade conservadora – fazia o mesmo jogo.

Neste ínterim, Café Filho ainda encetou uma tentativa de GOLPE DE ESTADO com apoio de parte de tais forças políticas. O discurso anticomunista era utilizado de forma obsessiva para os ataques à dupla JK-Jango recheados de pedidos de INTERVENÇÃO MILITAR, Contudo, apesar de todas estas tentativas de quebra da legalidade, as eleições acabaram sendo realizadas e eles foram eleitos, como tanto temiam os conservadores.
Ainda tivemos episódios como a tentativa de outro golpe, debelado com um contragolpe, e instalação de um estado de sítio por 30 dias para garantir a posse.
A habilidade política e de conciliação de JK conseguiram garantir a governabilidade, cuja história conhecemos bem.

A História seguiu seu curso, e esta tendência "anti-Getuliana" retornou forte quando assumiu o poder João Goulart em setembro de 1961, com a renúncia de Jânio Quadros. Como Jango era identificado como "esquerdista" e falava de "reformas estruturantes" (como a reforma agrária) o discurso anti-comunista se assomou, acionando uma avalanche de acontecimentos que culminaram com o GOLPE MILITAR.

(Em tempo: a pecha de comunista (comedores de criancinhas) que tentavam colar em João Goulart era um absurdo! Ele era um fazendeiro interessado em melhorar as terríveis condições sociais do Brasil à época, apenas isso. Um pouco de estudo – com espírito desarmado – da história do período pode mostrar este fato facilmente.)

Para que o texto não se alongue demais, não detalharei aqui  como fiz anteriormente – os acontecimentos deste período que feriram a legalidade e atrasaram o país por 50 anos; os ataques foram de uma magnitude tal que não seria possível descreve-los em poucos parágrafos, mesmo de forma resumida.

Charge da época de Carlos Lacerda, "O Corvo".
Enfim, cheguei ao ponto desejado: não se pode perceber, neste contexto cronológico, que nesta época da História do Brasil o cenário era muito parecido com o atual?

Quem você identificaria com Getúlio e Jango? E com o O Corvo (Carlos Lacerda)?
Em tempo: Carlos Lacerda apoiou intensamente o golpe, para depois ser traído pelos militares.

O que se deve ficar registrar do "período democrático" 1946-1964 é até que ponto as forças conservadoras, com o apoio da mídia, podem chegar para manipular os destinos do país, não se importando com o caos e atrasos que venham a causar, valendo-se sem pudores de uma política de Terra Arrasada.

Relembremos a Copa do Mundo de 2014: Houve uma campanha vil que conseguiu montar um cenário sombrio que nem mesmo a mais criativa mente poderia imaginar, carregadas de rios de contraposições, vaticínios gigantescamente catastróficos e vergonhas indescritíveis que não se concretizaram (menos um inimaginável: o 7 X 1 germânico). Alguém pode refutar este fato?

Esta realidade vista na Copa, tão intensamente vivida por todos nós, não pode nos contar uma miríade de coisas sobre o momento atual e passado deste País? Não se faz uma prova contundente de que existe uma força destrutiva, manipuladora e egoísta agindo?

Veja que contrassenso: até mesmo MARADONA (olha o destaque!) foi capaz de nos enxergar melhor do que nós próprios, ao comentar como ficou assustado e receoso de viajar ao Brasil devido à campanha de descrédito do Brasil na mídia nacional (contaminando até mesmo o exterior):

– "O que se pintava é que seria um caos. Parecia que teríamos de comprar uma arma ao desembarcar por aqui, mas não foi nada disso".

Se necessitamos de Maradona para explicitar a realidade e dizer que “o Brasil não é assim como vocês próprios, brasileiros, tentam a todo custo fazer acreditar” deve ter algo muito errado neste país... quem há de negar?

Novamente vivemos o clima de golpe, intervenção, e um país parado por crises políticas e tentativas de fuga da legalidade. O comunismo é um ente morto, e mesmo assim ressuscitam-no como fantasma assustador. Falam novamente de um "mar de lama" como se fosse algo fora deles – uma hipocrisia sem medidas, e cada brasileiro sabe disso!

Precisamos perceber a necessidade de paz e continuidade democrática para que o país cresça, não só economicamente, mas também como povo e como Democracia.
Precisamos banir da esfera governamental quem traz o movimento hediondo da "Terra Arrasada"; precisamos, por vias democráticas, enfraquecer a voz dos manipuladores da opinião pública e destruidores de reputações, como vimos acontecer em matérias "jornalísticas" criminosamente falsas ou manipuladas, que desvirtuaram nada mais nada menos que os destinos de nosso país, que tanto amamos.

Precisamos trazer e levar a legalidade e a Democracia acima de qualquer partidarismo. Precisamos jogar apenas o jogo democrático. Precisamos que o fluxo dos acontecimentos siga a energia das regras e leis constitucionais que, se precisam ser mudadas, se façam sem violência e através de um crescer das pessoas e da nação.

E que não cometam a MONSTRUOSIDADE de enfraquecer a nação para conquistá-la.

É o Brasil que arrasam, é o povo que prejudicam, sem se importar com nada!

Vamos continuar permitindo isso?

EdiVal
14/03/2014

Adicional: animação Chicken Little (1943), produzido antes da guerra fria, o que indica que deve se tratar de uma crítica-alerta sobre o fascismo, ou a toda boataria promotora da "TERRA ARRASADA".




terça-feira, 10 de março de 2015

Je Suis Democracy!

Querem matar o voto,
Queimar a urna,
Voltar no tempo.

Põe-se a ressuscitar fantasmas,
Recriar antigos monstros,
Forçar seu mundo.

Desejam que prevaleça sua visão,
Faça-se o que se fizer,
Custe o que custar.

Encontraram, novamente, brechas para o que é hediondo:
O degolamento da Democracia,
Toda cólera, ódio e ditadura!

Não se importam de empunhar a arma da "terra arrasada".
De nos fazer caminhar em direção a um paredão!

As pessoas INdiferenciadas são os novos infiéis!



Je suis Democracy


EdiVal
10/03/2014