terça-feira, 22 de março de 2016

A República das Bananas de MORO e o Justiçamento NOVO


Como se sabe, JUSTIÇAMENTO não tem nada a ver com Justiça, mas com o espírito de vingança que traz a barbárie, tendo como base grande clamor popular ou ideológico. É baseado no ódio em estado bruto e nada com o senso de Justiça. Muitas vezes, esta barbárie das pessoas comuns é manipulada por grupos para que possam atingir seus objetivos.

Já uma REPÚBLICA DAS BANANAS – deixando de lado seu sentido original e explorando o senso popular – seria um país onde, entre muitos desrespeitos, leis foram feitas para serem burladas, a coisa pública é tratada como pertencente à quem nele está investido, e o cargo traz, como regra, o mal uso do poder (leia-se: "em causa própria").

Um certo país, um dia, criou as fêmeas-fruta. Uma república-fruta tem em sua condução pessoas pequenas e egoístas, e a perpetuação do poder é feita tal qual uma máfia: passada de pai para filho.
É a nação dos GOLPES sequenciais, onde todo necessário aprendizado que vem apenas da continuidade democrática e da legalidade a maior é quebrada segundo os interesses de uma elite econômica e política e com o apoio da mídia (a eles pertencentes, muitas vezes). Como resultado, temos um povo que permanece eternamente em um estado de infância cívica.
A ditadura militar atrasou este aprendizado em 30 anos!

É o País do carteiraço, do carimbaço e do cafezinho! Do "você sabe com quem está falando?".

Neste nação embananada, o JUSTIÇAMENTO é epidêmico e, quiça, louvado!
É o paraíso na terra de toda sorte de JUSTICEIROS.

Asim, estes homens e mulheres, carregados da certeza absoluta que pertence aos fanáticos, são os que fazem toda classe de justiçamentos. Eis as mais conhecidas na sociedade semi-civilizada a que, infelizmente, pertencemos:
  • Os militares na ditadura que destruíam o livre pensar com torturas e mortes inomináveis, até mesmo de criancinhas, devoradores de almas que foram;
  • Os guerrilheiros de extrema-esquerda contrários ao regime militar que eliminavam os "nocivos à causa";
  • A extrema direita fascista que, desde sempre, persegue e mata os diferentes, as minorias;
  • As pessoas comuns que lincham bandidinhos, enquanto puxam o saco de bandidos-corruptos-poderosos.

Na religião se vê muitos que, sendo "homens e mulheres da igreja" (aquela "única certa" dentre as milhares do mundo), se consideram além do bem e do mal, verdadeiros furões do céu – mas que no seu mundo íntimo assaltam, maltratam e machucam, hipócritas que são. Seus pastores são os guias cegos que os deliciam ofertando o convencimento hipnótico de que são o escolhido "povo de Deus", desde que louvem, cantem e paguem o dízimo.
O resto? O que fazem com os outros? Não importa! O céu já está comprado mesmo...

Assim é para muitos em relação ao Deus-Pátria; grandes grupos e sua casta vêem este como o "seu País" – eles que são "homens e mulheres de bem" e querem, seja por que meio for, tê-lo "de volta". Querem segurar sempre as rédeas em suas mãos e assim poder ditar os rumos, e usam-nas para perseguir e torturar quem porventura possa – segundo seus critérios egoístas – ameaçar a manutenção do estabelichment em que se consideram intocáveis.

Nesta nação, a MÍDIA manipula, à maioria dos empresários só o lucro interessa (à custa da muita exploração dos trabalhadores), os políticos querem enriquecer com as facilidades do cargo,e os  juízes legislam em causa própria e julgam conforme seus vícios.

Na atualidade, está em evidência no cenário político nacional exatamente isso: juízes em peripécias midiáticas.
A manipulação do direito com fins políticos com certeza é um fato que tem a idade do Brasil; contudo, juízes que protagonizam agitações políticas é algo nunca antes visto neste quartel de bananas, pelo menos na escala mostrada estes dias. Com este modus operandis, agem contra a JUSTIÇA, assim como os maus políticos sempre fizeram no bananal.

É o que pode ser chamado de JUDICIALIZAÇÃO DA POLÍTICA na NOVA REPÚBLICA DOS JUÍZES.

Nela, reina o partidarismo escancarado, a troca de favores, os juízes e promotores popstars em que abusos e arbitrariedades fazem parte do show. Vale agora a dissimulação hipócrita como foi feito no caso das gravações. Claro, aplausos vem, pois o justiçamento reina na plantação.

Moro e Cia inauguram o novo: um espetaculoso modo de Justiçar, e que pode ser chamado de "Justiçamento em Rede Nacional". Ali eles julgam, punem e eliminam, de acordo com critérios visivelmente partidários e, assim, recebem os aplausos dos que "marcham pela família com Deus pela liberdade".

Na divulgação ilegal de gravações, o país foi transformado  em um BBBB  "Big - Big Brother Brasil". O prêmio, inexoravelmente, será um País mais feio; é a adoção indisfarçada e inconsequente da política da terra arrasada, tão cíclica e atuante no Brasil atual.

"Vamos JUSTIÇAR, pois a minha legislação permite", e assim a JUSTIÇA foi feita mero e incômodo detalhe... Só nos resta esperar a chegada de nossa vez de sermos "justiçados".

Quem poderá nos salvar de tanto poder e desejo de caos? Quem poderá trazer JUSTIÇA ao Brasil no lugar de justiçamento?

Não existe nada mais sórdido e destrutivo do que a corrupção sub-reptícia dos "homens de bem".

EdiVal
15/06/2016