sábado, 22 de outubro de 2016

A "TRUMPERIZAÇÃO" DA SOCIEDADE MUNDIAL E A "BOLSONAROFILIA" TUPINIQUIM

Donald Trump é o atual candidato dos Republicanos à presidência dos Estados Unidos da América.
Como é de se esperar, defende e surfa na onda das ideias conservadoras  mas vai além e exagera em muitos pontos, até mesmo para o meio conservador.

Ele cresceu nas pesquisas – com chances reais de vitória  defendendo temas polêmicos, como a vigilância de mesquitas, a tortura de suspeitos, a construção de um muro separando os EUA do México, a deportação em massa de imigrantes, a desconsideração dos problemas climáticos, a diminuição dos direitos dos trabalhadores e apequenamento de toda assistência social.
Além disso, em discursos e gravações, revelou-se extremamente machista, misógino, preconceituoso, homofóbico e xenófobo.

Já no Brasil, existe um político que é sempre colocado como o “Trump brasileiro” até mesmo por jornais e sites internacionais: Jair Messias Bolsonaro. Em linhas gerais suas ideias e discursos estão em tudo bem representadas pela descrição de Trump feita acima, portanto não irei me delongar em reapresentações de tal teor.

Imagem: https://www.facebook.com/jairmessias.bolsonaro

Sabemos que machistas, preconceituosos, xenófobos, ultra-capitalistas, fascistas, ditadores e truculentos existem e sempre existiram em todas as sociedades humanas, e considero que eles tem o direito de ser como desejam e de pensar como pensam, desde que não cometam atos contrários à lei ou  me valendo de uma visão mais humana  atropelem os direitos dos outras pessoas, do presente ou do futuro.

Assim, com a ascensão de figuras públicas e de sucesso com Trump compartilhando as mesmas ideias e filtros internos que, às vezes, guardam escondidos, muitas pessoas se sentem representadas em seus sentimentos e pensamentos, o que é humanamente compreensível. Todos temos um lobo interno desejando intensamente se expressar.

Outro ponto que se observa é que este "efeito Trump/Bolsonaro" é uma tendência de nível mundial e não pode ser desconsiderada.

O que não se pode negar é que tudo isso vai em uma direção contrária aos Direitos Humanos, ao Universalismo, à uma sociedade menos desigual, à Tolerância e à Paz; também não se pode negar que existe neste contexto uma aversão à derrubada de fronteiras, às diversidades sexuais, aos direitos das mulheres e das minorias, à ideia de riqueza para todos e ao enfoque ecológico; e também que existe, nestes grupos, uma filia à cultura do aprisionamento e dos linchamentos/torturas, ao belicismo, ao capitalismo do mais forte, e à diferenciação da sociedade entre castas, raças e gêneros.

Pessoalmente, acredito na paz entre os homens, na tolerância das diversidades, na riqueza para todos, na terra como um possível jardim onde poderiam conviver harmonicamente humanos, animais e plantas. Por isso, não posso deixar de tomar partido em prol de um mundo que agregue estes valores, e repudie as ideias separatistas e anti-civilizatórias advindas das "trumperizações" ou "bolsonarofilias".

Este é o meu posicionamento  mas sem ódios ou discursos bélicos (afinal, o contrário seria incoerência).

Termino este texto apresentando ao leitor a questão central do mesmo: que tipo de mundo você quer que seus filhos, netos e bisnetos herdem para que sejam felizes, independentemente de qual classe social e gênero a que pertençam, região do mundo em que nasçam, crenças que cultivem ou opções sexuais que adotem?

No presente, seu discurso, suas ideias e seu voto é uma energia que ajuda a moldar o futuro da humanidade.

Não esqueça!


EdiVal
22/10/2016