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Já se imaginou, caro leitor, sendo injustamente acusado de um crime bárbaro e mesmo assim, ser privado da liberdade por décadas, humilhado, cuspido, espancado e violentado — e, ainda, perder o amor da família e dos amigos?
Pois isto é algo que acontece recorrentemente! Seja devido a leis falhas, à falta de interesse do sistema judicial e ao descaso de quem deveria primar pela justiça.
Olhe para estas manchetes, pinçadas dos primeiros resultados de uma busca no Google :
- "Condenado à morte nos EUA é declarado inocente e libertado após 39 anos na prisão". "Ricky Jackson foi condenado em 1975, com base no falso testemunho de um menino de 12 anos".
- "Mais de 4% dos condenados à morte nos EUA são inocentes, indica estudo".
- "Erros na Justiça fazem crescer o número de condenados injustamente no RN".
- "Estado é condenado a indenizar homem preso injustamente em MG".
- "Conexão Repórter aborda os condenados injustamente".
- "Preso injustamente por 19 anos, homem morre após ser avisado sobre indenização".
Dois casos que chamam a atenção:
- "DNA inocenta irmãos condenados por estupro e morte de menina nos EUA": "Depois de 30 anos na cadeia por estupro seguido de morte nos Estados Unidos, dois meio-irmãos com deficiência intelectual condenados pelo estupro e morte de uma menina de 11 anos foram inocentados dos crimes.
- "Morre Hurricane Carter, norte-americano que passou quase 20 anos preso injustamente".
Como se pode ver, isto não é somente um problema judicial de um país como o nosso. Neste quesito, a "terra da liberdade" — os EUA — são campeões.
Além disso, indenizações não pagam uma vida, nem atingem os injustiçadores.
Conhecendo-se a natureza humana, há que se considerar algum fatos que se vê em áreas que tratam os crimes bárbaros:
- A desumanização dos agentes públicos (de todos os níveis) que lidam diariamente com a Justiça e com os acusados;
- A falta de vontade de que se faça a Justiça e de realizar um trabalho bem feito. Para muitos, deixa-se acontecer, e só (dá menos trabalho e satisfaz a sociedade);
- O preconceito ou a maldade pura e simples (quantos envolvidos no processo não sentiram prazer de ver um negro na cadeia, só pela cor da pele? Pensem bem...);
- A falta de punição pela injustiça feita. Vão sofrer pela indenização milionária que o governo paga? Bah!
Como se pode ver, este é um caso bem complicado e triste da sociedade atual.
A solução, a meu ver, além do desenvolvimento de uma ética maior em toda a sociedade, passa por se fazer leis que obriguem a penalização rigorosa dos que tinham o dever de fazer justiça mas permitiram tal barbaridade — automaticamente!
Sim, até mesmo dos juízes, advogados e promotores!
Deste modo, o medo da punição caso se condene um inocente fará o andamento do processo ser feito com qualidade, de forma que, se houver condenação injusta, a culpa não recaia para dentro das esferas públicas.
Existem outras soluções para tal barbaridade? O que acham?
A César o que é de César. — Quae sunt Caesaris, Caesari.
EdiVal
(23/11/2014, 08:28)
Abril/2015: Inocentado após 30 anos na prisão diz: “Meu caso foi construído em cima de racismo e mentira”. Em http://bbc.in/1NRdwMy
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